Imagine que você está assistindo a um espetáculo de múltiplo slides. Você sabe como é, quando de 3 a 5 projetores estão montados para projetar as imagens numa tela. Agora imagine que você foi solicitado a descrever, verbalmente ou por escrito, aquilo que você está vendo enquanto assiste a tudo isso. Frustrante? Isto é pouco. E é exatamente assim que se sente o estudante com sintoma do "Distúrbio do Déficit de Atenção" (DDA). Agora, para tornar isto ainda mais desafiante, imagine que o ritmo da apresentação dos slides comece aumentar, cada vez mais rápido. Ainda assim você tentará descrever aquilo a que você está assistindo. E, como golpe final para a sua sanidade, imagine que as imagens dos slides comecem, simultaneamente, a voar e a piscar e, que o seu bem estar emocional depende da exatidão do seu relatório.
A primeira fase do esforço de modelagem tem a ver com a descoberta da experiência subjetiva do DDA. Era pressuposto que a experiência subjetiva conduzia aos sintomas de comportamento da DDA.
A segunda pressuposição era que os processos de mudança da PNL poderiam alterar a experiência subjetiva do DDA de modo a afetar os sintomas de comportamento. Esperava-se que o estudante com DDA poderia ficar mais funcional na escola e dentro da sua família se ele não se comportasse mais de modo impróprio.
Esse artigo, que é um relatório sobre a segunda pressuposição, esboça algumas técnicas e processos da PNL que eu descobri que obtém sucesso com os estudantes com DDA. De fato, essas intervenções tem tido sucesso ao ponto de que muitos deles foram capazes de reduzir ou eliminar o uso de remédios para controlar o seu comportamento.
O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.