Gilberto Cury, presidente da SBPNL - Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística, conversa com Ana Maria Braga sobre Programação Neurolinguística (PNL) e seu uso na cura de fobias. Cury ajuda duas mulheres na superação do medo de avião e de aranha.
A PNL nos ensina a pensar sobre soluções. Constitui-se numa maneira única e atualizada de refletir sobre nosso mundo. Com a PNL, você pode aprender a influenciar a si próprio e a seus relacionamentos com os outros, e a ter o tipo de experiência de vida que você deseja. A PNL funciona na construção de soluções nos negócios, no ensino, na terapia e nas relações pessoais. Se você for alguém que deseja ir além da eficiência em seu trabalho e em sua vida pessoal, se você quiser não apenas ter sucesso, mas também atingir a uma evolução maior, então o treinamento em PNL pode ser para você.
Em abril de 1999, recebi um telefonema de um pesquisador de um programa nacional de TV a respeito de maneiras alternativas para curar as pessoas. A questão era se eu podia ajudar alguém a livrar-se de seu medo de voar. Eu nunca fizera isso antes, mas como sabia que era possível fazê-lo, concordei.
Minha expectativa era de que alguém viesse à minha casa, que eu trabalharia calmamente com essa pessoa, que uma câmara de vídeo seguiria o processo, e que eu teria todo o tempo necessário para fazer isso.
A realidade, no entanto, era muito diferente de minha expectativa. O homem com medo de voar era um popular apresentador de TV. Seu medo havia começado quando, há cinco anos atrás, ele estivera voando sobre o deserto de Nevada, nos Estados Unidos, e o avião foi tomado por uma turbulência de ventos. Ele pensou que morreria ali.
Casos como esses acontecem com muita frequência. Felizmente a PNL proporciona a possibilidade de "atualizarmos" algumas informações que ficaram anos ultrapassadas. O cérebro humano é fantástico na sua capacidade e rapidez em aprender, não necessitando portanto de anos de terapia para efetuar essas alterações.
Investiguei, a princípio, se havia algum incidente traumático com avião, o que ela negou. Aliás, no passado viajava e até gostava. A partir de determinado momento, todos os sintomas fóbicos se manifestavam quando surgia a necessidade de uma viagem.
Pesquisei também se a sensação fóbica só ocorria em aviões, o que ela negou. Lembrou-se que acontecia também, as vezes, em elevadores, quando eles davam um certo solavanco.
Isso levou-me a desconfiar que o avião não era o motivo e fui pesquisar a origem da "sensação", ou seja, a primeira vez que ela aconteceu. Surpresa: aos 2 anos de idade aproximadamente, em uma festinha de seus pais em sua casa, tomou todos os restos de bebida alcoólica nos copos que alcançou. Seus pais, distraídos não perceberam e ela desmaiou e entrou em coma alcoólico. Quando "desmaiou", a sensação da queda foi a mesma que anos mais tarde vivenciou, por acaso dentro de um avião que sofreu uma pequena turbulência, disparando a âncora da situação de perigo ocorrida na infância. No seu inconsciente os fatos ficaram ligados e daí a fobia.